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A Somália país africano conhecido como “Chifre da África”, é um país de extrema pobreza e solo infértil localizada no extremo oriente leste da África, fazendo fronteira com Djibuti, Etiópia, Quênia e com o Golfo de Aden, importante internacionalmente para a economia mundial por ser via marítima de navios mercantes, separando também da Arábia Saudita, o que facilitou a instalação de clãs terroristas no território africano, sendo o AL-Shabaab, grupo originado do Al-Qaeda o grupo mais violento que domina os territórios somali.
Desde 1991 com a queda do presidente ditador Siad Barre, houve um colapso em que a Somália foi repartida em clãs e grupos extremistas, época em que o país entra num desgoverno total e acarreta gerações de conflitos até os dias atuais, uma eterna guerra por poder geopolítico e religioso.
A ONU tentou interferir e ajudar o território somali porém sem sucesso, e devido aos ataques terroristas e a dificuldade de amenizar as consequências, retirou-se em 1995.
Em 2011 a maior crise hídrica assola o território somali matando animais e muitas pessoas, principalmente crianças, forçando o povo somali migrar para outro território, o Quênia, o qual acolheu os refugiados formando o maior campo de refugiados do mundo, localizado em Dadaab, com mais de 200mil habitantes. O Quênia ofereceu suporte humanitário aos refugiados durante 25 anos, mas nunca conseguiu desenvolver uma solução para a situação.
Com a crise na Somália e aumento dos ataques terroristas no Quênia, o governo decidiu construir um muro na fronteira entre os dois países para deter parte dos atentados, porém eles ainda ocorrem. O governo queniano afirma que o campo de Dadaab é um ponto de refugio e apoio também para os terroristas, que se infiltram com facilidade no país e dessa forma conseguem calcular seus ataques com precisão. A construção desse muro dificulta a entrada dos terroristas, mas também dificulta a vida dos refugiados, que buscam apoio, que buscam sobreviver, além de dificultar também o mercado livre existente na região.
Devido a facilidade com que os terroristas tem de se camuflar na população de Dadaab, foi pré determinado a desativação do campo de refugiados somali em junho de 2022.
Essa decisão preocupa não só as vidas somali, mas os países vizinhos e o mercado internacional, o que deve ocasionar um número maior de mortes na Somália e conflitos ainda maiores, devido ao caos estruturado e ao esquecimento e descompromisso com esse território africano.
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