No livro “Convite à Filosofia”, Ed. Ática – Ano 2000, a autora Marilena Chauí, escritora e filósofa brasileira, aborda na unidade 7 – capítulo 1, a relação do senso comum com o conhecimento científico, suas respectivas características, diferenças e problemas.
A autora expõe exemplos do que é o senso comum citando comportamentos conhecidos popularmente de forma clara e questionadora. Segundo ela o senso comum é subjetivo, qualitativo, heterogêneo, individualizador mas também generalizador, portanto devido à essas características torna-se difícil a compreensão do trabalho científico. As certezas cotidianas e o senso comum passados de geração em geração alimentam preconceitos que se cristalizam, gerando uma verdade errada ou precipitada, dessa forma determinando através deles a realidade dos acontecimentos.
Em seguida ela faz uma abordagem do que é o conhecimento científico, como ele se caracteriza e se comporta diante da realidade e dos fatos.
O conhecimento científico é caracterizado por ser objetivo, quantitativo, homogêneo, generalizador, diferenciador e só estabelecem relações causais depois da investigação da natureza ou estrutura do fato. Os fatos e objetos científicos são dados da experiência cotidiana, porém são obtidos e estruturados através dessa investigação científica, formulados através de métodos pré determinados de forma racional, com intuito de estabelecer um conhecimento mais de acordo com a realidade dos fatos.
Fazendo a leitura desse capítulo pode-se adquirir a noção da importância da ciência, do conhecimento científico em benefício da sociedade, de suas pesquisas e práticas, pois é através dela que se quebram preconceitos dissipados na sociedade, fundados de certezas não tão confiáveis.
A ciência diferente da magia, vem desmistificar o senso comum, quebrar medos e parâmetros sem fundamentos, para gerar um conhecimento coletivo com embasamento comprovado.
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