Lendo a Sociedade dos Indivíduos, nos deparamos com uma visão não só de Norbert Elias sobre a relação indivíduos x sociedade, mas nos deparamos com visões pessoais, conceitos, julgamentos internos até então formados sobre essa relação e o significado de cada palavra, fazemos uma viagem de dentro para fora e de fora para dentro. É como olhar no espelho e questionar “quem sou eu?”, “quem são os outros?” ou ainda “quem somos nós?”.
O fato é, sempre existirão grupos de pessoas, ou pessoas na forma individual, defendendo e julgando o que é o todo e o que é uma parte, sejam eles com intuito de bem estar individual ou coletâneo. Sempre existirão aqueles que se sobressaem ou querem sobressair defendendo um ponto de vista e aqueles que se apagam ou são apagados por assim se deixar levar, aqueles que caminham junto ou aqueles que caminham sozinhos.
Na minha visão mesmo o pensamento individualista existente no ser faz parte do todo, assim como o pensamento coletâneo de um indivíduo, ou o pensamento coletivo compartilhado também é o todo, pois não existe abismo entre sociedade e indivíduos, os dois são complementares na sua existência e modo de ser, ainda que diferente o todo de suas partes.
Ressalto que para existir um convívio harmônico, devemos aceitar que as diferenças existem, não somos iguais, cada qual tem sua individualidade e por mais que não se concorde com o oposto, ou uma filosofia diferente da própria, devemos respeitar a visão dos outros.
Creio que a visão de indivíduo x sociedade é algo íntimo, por mais que existam pessoas que se julguem ou sejam postas como superiores, ou donas da verdade e da melhor forma de se viver. Creio que seja também uma filosofia a ser trabalhada durante toda vida, levando-nos à uma imersão interna referente às nossas ações e relações, tornando tudo mais leve internamente ou externamente, para si ou para os outros.
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